Encontro
com a Cruz
Sexta
feira Santa – Ano A
1
– Sinal da Cruz
2
– Introdução
Irmãos
e irmãs: nessa Sexta Feira Santa vamos nos encontrar frente à
frente com a cruz onde morreu nosso salvador, Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Ele
morreu pelos nossos pecados – justo Ele que não tinha nenhum
pecado.
Cada
pecado que cometemos é um espinho a mais na Sua cabeça, uma
chicotada à mais a causar-lhe imensas dores.
3
– Evangelho – João, capítulos 18 e 19
O
Senhor esteja conosco
Ele
está no meio de nós.
Proclamação
do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João.
Glória
à Vós, Senhor.
Depois
dessas palavras Jesus saiu com os seus Discípulos para a outra
margem do Ribeiro de Cedron, onde havia um horto, no qual entraram
ele e seus Discípulos
Ora
Judas, que o entregava, sabia também deste lugar, porque ali tinha
vindo Jesus muitas vezes com seus Discípulos.
Tendo
pois Judas tomado uma companhia de soldados, e os quadrilheiros da
arte dos Pontífices e Fariseus, veio ali com lanternas, e archotes,
e armas
Pelo
que Jesus, que sabia tudo o que estava para lhe sobrevir,
adiantou-se, e disse-lhe: - A quem buscais?
Responderam-lhe
eles: - A Jesus Nazareno.
Disse-lhes
Jesus: Sou eu.
E
Judas, que o entregava, estava também com eles.
Tanto
pois que Jesus lhes disse “Sou Eu” recuaram para trás, e caíram
por terra.
Perguntou-lhes
pois Jesus pela segunda vez: A quem buscais?
E
responderam eles: - A Jesus Nazareno.
Disse-lhes
Jesus: - Já vos disse que sou eu. Se a mim pois é que buscais,
deixai ir estes.
Assim
se cumpriu a palavra que ele dissera: - Dos que me deste não perdi
nenhum deles.
Mas
Simão Pedro, que tinha espada, puxou dela e feriu a um servo do
Pontífice, e lhe cortou a orelha direita, E o servo se chamava
Malco.
Porém
Jesus disse a Pedro: - Mete tua espada na bainha. Não hei de beber o
cálice que o Pai me deu?
A
Corte pois, e o Tribuno, e os quadrilheiros dos Judeus prenderam a
Jesus, e o ataram.
E
primeiramente o levaram a casa de Anás, por ser sogro de Caifás,que
era o Pontífice daquele ano.
Caifás
porém era aquele que tinha dado aos Judeus o conselho de que con-
vinha
que um homem morresse pelo povo.
Ora:
seguia a Jesus Simão Pedro, e outro Discípulo. Era pois o tal
Discípulo conhecido do Pontífice, e entrou com Jesus no patio do
Pontífice.
Mas
Pedro estava de fora á porta. Saiu então a outro Discípulo, que
era conhecido do Pontífice, e falou á porteira: e esta fez entrar a
Pedro.
Esta
escrava pois, que era porteira, disse a Pedro: - Não és tu também
dos Discípulos deste homem? Respondeu ele: - Não sou.
Ora
os servos, quadrilheiros estavam em pé ao lume, porque fazia frio, e
ali se aquentavam. E com eles estava também Pedro em pé, do mesmo
modo aquentando-se.
Entretanto
fez o Pontífice perguntas Jesus, sobre que Discípulos tinha, e qual
era a sua doutrina.
Respondeu-lhe
Jesus:
-
Eu falei publicamente ao Mundo. Eu sempre ensinei na Sinagoga e no
Templo, aonde concorrem todos os Judeus, e nada disse em segredo.
Porque me fazes tu perguntas? Faze-as aqueles, que ouviram o que eu
lhes disse. Ei-los aí estão e sabem o que eu ensinei.
E
tendo dito isto um dos quadrilheiros que se achavam presentes deu
uma
bofetada em Jesus, dizendo: - Assim é que tu respondes ao Pontífice
?
Disse-lhes
Jesus: - Se eu falei mal dize-me aonde; mas se falei bem, porque me
feres?
E
Anás o enviou maniatado ao Pontífice Caifás.
Estava
pois ali em pé Simão Pedro, aguentando-se ainda. E eles lhe
disserão: - Não és tu também dos seus Discípulos ?
Negou
ele, e disse: - Não sou.
Disse-lhe
um dos servos do Pontífice, que era seu conhecido, o mesmo a quem
Pedro cortara a orelha: - Não é assim que eu te vi com ele no
horto?
E
negou-o Pedro outra vez: e imediatamente cantou o galo.
Levaram
pois a Jesus da casa de Caifás ao Pretório. E era de manhã: e eles
não entrarão no Pretório para não se contaminarem e poderem comer
a Páscoa.
Pilatos
pois saiu fora para lhes falar, e disse: - Que acusação trazeis vós
contra este homem?
Responderam
eles, e disseram-lhe: - Se este não fora malfeitor, não lho
entregaríamos nós.
Pilatos
lhes disse então: - Tomai-o vós mesmos e julgai-o segundo a vossa
Lei. E os Judeus lhe disseram: - A nós não nos é permitido matar
ninguém.
Para
se cumprir a palavra que Jesus dissera, significando de que morte
havia de morrer.
Tornou
pois a entrar Pilatos no Pretório, e chamou a Jesus, e disse lhe: -
Tu és o Rei dos Judeus?
Respondeu
Jesus: - Tu dizes isso de ti mesmo, ou foram outros os que te
disseram de mim?
Disse
Pilatos: - Por ventura sou eu Judeu? A tua nação e os Pontífices
são os que te entregaram nas minhas mãos. Que fizeste tu?
Respondeu
Jesus: - O meu Reino não é deste Mundo. Se o meu Reino fosse deste
Mundo, certo é que os meus Ministros haviam de pelejar para que eu
não
fosse entregue aos Judeus. Mas agora não é daqui o meu Reino.
Disse-lhe
então Pilatos: - Logo tu és Rei?
Respondeu
Jesus: Tu o dizes que eu sou Rei. Eu para isso nasci e ao que vim ao
Mundo foi para dar testemunho da verdade. Todo o que é da verdade
ouve a minha voz.
Disse-lhe
Pilatos: Que coisa é a verdade? E dito isto tornou a sair a ver-se
com os Judeus, e disse-lhes:
-
Eu não acho nele crime algum. Mas é costume entre vós, que eu pela
Páscoa vos solte um. Quereis vós logo que vos solte o Rei dos
Judeus ?
Então
gritaram todos dizendo: - Não queremos solto a este, mas a Barrabás.
Ora
este Barrabás era um ladrão.
Pilatos
pois tomou então a Jesus, e o mandou açoitar,
E
os soldados tecendo de espinhos uma coroa, lhe puseram sobre a
cabeça. E o vestiram com um manto de púrpura.
Depois
vinham ter com ele, e diziam-lhe: - Deus te salve, Rei dos Judeus.
E
davam-lhe bofetadas.
Saiu
Pilatos ainda uma vez fora, e disse-lhes:
-
Eis aqui vo-lo trago fora, para que vós conheçais que eu não achei
nele crime algum.,
Saiu
pois Jesus trazendo uma coroa de espinhos e um vestido de purpura.
E
Pilatos lhes disse: - Eis aqui o homem.
Então
os Príncipes dos Sacerdotes, e os seus Oficiais, tendo-o visto,
gritaram dizendo: - Crucifica-o, crucifica-o.
Disse-lhes
Pilatos: - Tomai-o vós mesmos e crucificai-o, porque eu não acho
nele crime algum.
Responderam-lhe
os Judeus: - Nós temos uma Lei, e Ele deve morrer segundo a Lei,
pois se fez Filho de Deus.
Pilatos
pois como ouviu estas palavras temeu ainda mais.
E
entrou outra vez no Pretório e disse a Jesus: - Donde és tu?
Mas
Jesus não deu resposta alguma.
Então
lhe disse Pilatos: - Tu não me falas? Não sabes que tenho poder
para te crucificar, e que tenho poder para te soltar?
Respondeu-lhe
Jesus: - Tu não terias sobre mim poder algum, se ele te não fora
dado lá de cima. Por isso o que me entregou a ti, tem maior pecado.
E
deste ponto em diante buscava Pilatos algum meio de o livrar.
Mas
os Judeus gritavam dizendo: - Se tu livras a este não és amigo de
César, porque todo o que se faz Rei, contradiz a César.
Pilatos
pois como ouviu estas vozes trouxe para fora a Jesus: e assentou-se
no seu Tribunal, no lugar que se chama Lithostrótos, e em Hebraico
Gabbatha.
Era
então o dia da Preparação da Páscoa, quase a hora sexta.
E
disse Pilatos aos Judeus: - Eis aqui o vosso Rei.
Mas
eles diziam a gritos: - Tira-o, tira-o, crucifica-o.
Disse-lhes
Pilatos: - Pois eu hei de crucificar o vosso Rei?
Responderam
os Príncipes dos Sacerdotes:
-
Nós não temos outro Rei, senão o César.
Então
ele lho entregou para que fosse crucificado. E eles tomaram a Jesus,
e o tiraram para fora.
E
levando a sua Cruz ás costas, saiu para aquele lugar que se chama
Calvário, em Hebreu Gólgota.
Onde
o crucificaram, e com ele outros dois, um de uma parte, outro doutra,
e Jesus no meio.
E
Pilatos escreveu também um titulo, e o pôs sobre a Cruz. E dizia a
Inscrição: Jesus Nazareno, Rei dos Judeus.
E
muitos dos Judeus leram este titulo, porque estava perto da Cidade o
lugar
onde Jesus fora crucificado. E estava escrito em Hebraico, em Grego,
e
em
Latim.
Diziam
a Pilatos os Pontífices dos Judeus: - Não escrevas Rei dos Judeus,
mas que ele diz: “Eu sou Rei dos Judeus”.
Respondeu
Pilatos: - O que escrevi, escrevi.
Porém
os soldados, depois de haverem crucificado a Jesus, tomaram as suas
vestiduras e fizeram delas quatro partes, para cada soldado ficar com
uma parte. E tomaram a túnica. Mas a túnica não tinha costura,
porque era toda tecida d'alto abaixo.
E
disseram uns para os outros : - Não a rasguemos, mas lancemos sortes
sobre ela, a ver quem a há de levar. Para se cumprir a Escritura,
que diz: - Repartiram meus vestidos entre si; e lançaram sortes
sobre a minha vestidura. E os soldados de fato assim no fizeram.
Entretanto
estavam em pé junto á Cruz de Jesus sua mãe, e a irmã de sua mãe,
Maria, mulher de Cléofas, e Maria Magdalena.
Jesus
pois tendo visto a sua mãe, e ao Discípulo que ele amava, o qual
estava presente, disse a sua Mãe: - Mulher, eis aí teu filho.
Depois
disse ao Discípulo: - Eis aí tua mãe.
E
desta hora por diante a tomou o Discípulo para sua casa.
Depois
sabendo Jesus que tudo estava cumprido, para se cumprir uma palavra,
que ainda restava da Escritura, disse: - Tenho sede.
Tinha-se
porém ali posto um vaso cheio de vinagre. Então os soldados
ensoparam no vinagre uma esponja; e atando-a a hum hissopo, lha
chegaram á boca.
Jesus
porém havendo tomado o vinagre, disse: - Tudo está cumprido.
E
abaixando a cabeça, rendeu o espirito.
(Emílio
apaga a vela e todos se ajoelham)
E
os Judeus, porquanto era a Preparação para a Páscoa,para que não
ficassem os corpos na Cruz em dia de Sábado, porque aquele dia de
Sábado era de grande solenidade, rogaram a Pilatos que se lhes
quebrassem as pernas, e que fossem dali tirados.
Vieram
pois os soldados e quebraram as pernas ao primeiro e ao outro, que
com ele fora crucificado.
Tendo
vindo depois a Jesus, como viram que estava já morto, não lhe
quebraram as pernas,
Mas
um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e imediatamente saiu
sangue, e água.
Aquele
porém que o viu deu testemunho disso, e o seu testemunho é
verdadeiro. E ele sabe que diz a verdade: para que também vós o
creiais.
Porque
estas coisas sucederam para que se cumprisse esta palavra da
Escritura: - Não quebrareis dele osso algum.
E
também diz outro lugar da Escritura: - Eles verão aquele a quem
traspassaram.
E
depois disto José de Arimateia, que era Discípulo de Jesus, ainda
que oculto por medo dos Judeus, rogou a Pilatos que o deixasse tirar
o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Veio pois, e tirou o corpo
de Jesus,
E
Nicodemos, o que havia ido primeiramente de noite buscar a Jesus,
veio também, trazendo uma composição de quase cem libras de mirra
e de aloé.
Tomaram
pois o Corpo de Jesus, e o ligaram envolto em lençóis depois de
embalsamado com aromas, da maneira que os Judeus tem por costume
sepultar os mortos.
No
lugar porém em que Jesus fora crucificado havia um horto. E neste
horto hum sepulcro novo, em que ninguém ainda tinha sido depositado.
Por
tanto em razão de ser o dia da Preparação dos Judeus, visto que
este sepulcro estava perto, depositaram nele a Jesus.
Palavra
da salvação…
Que
as palavras do Santo Evangelho…
Foi
por você
Do
alto da cruz o Senhor olha para nós.
Desfigurado,
chagado, ensanguentado, cheio de dores, humilhado.
Jesus
nos lança um olhar terno, um olhar de quem nos ama.
E
Seu coração nos diz:
-
Foi por você. Foi para te resgatar de seus pecados. Foi para salvar
você da condenação. Foi para lhe dar a vida eterna Comigo no céu.
Foi
porque Eu te amo como ninguém nunca te amou.
Na
cruz eu paguei pelos seus pecados para te salvar.
Na
cruz te dei a vida. Do alto da cruz te deixei minha Mãe para te
guiar.
Foi
por você. Tudo eu suportei por amor à você – um amor tão grande
que agora você não consegue entender.
Eu
sei que às vezes você tem medo. Eu sei que as vezes você chora.
Eu
sei que você se sente perdido. Mas não tenha medo, porque Eu estou
com você.
Pegue
a sua cruz e me siga. Venha comigo para a vida eterna.
E
quando a cruz pesar olhe para o lado. Eu estarei sempre ali, com
você.
E
vou te ajudar a carregar a sua cruz até o fim, até a sua salvação.
Venha
pelo Meu caminho, acredite na Verdade e tome a vida que eu tenho pra
você.
Assim
seja...
4
– Beijamento da cruz
Agora
nós faremos o beijamento da cruz de Jesus, de onde pendeu a salvação
para o mundo.
Pegue
uma cruz ou um crucifixo e faça o mesmo.
Vamos
rezar: “Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e vos bendizemos
porque pela vossa santa cruz remistes o mundo”.
5
– Terço da Paixão de Jesus
Agora
nós rezaremos o Terço da Paixão de Jesus pedindo perdão pelas
dores que causamos ao Senhor e pedindo a graça de fazer uma boa
comunhão espiritual.
Pai-Nosso,
Ave-Maria e Glória ao Pai.
-
Nas contas grandes:
"Nós
Vos adoramos e louvamos, Jesus Divino, porque pela Vossa Paixão e
Morte remistes o mundo."
-
Nas contas pequenas:
"Pelos
merecimentos de Vossa Paixão e Morte, perdoai-nos Jesus!"
Ao
final cada dezena:
"Tende
piedade de nós, Senhor, tende piedade de nós!"
-
No fim do Terço, rezar três vezes:
"Deus
Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo
inteiro." Amém
6
- Comunhão
Agora
chegou o momento da nossa comunhão espiritual.
Vamos
rezar a oração de Santo Afonso de Ligório:
Oh
meu Jesus, eu creio que estás presente no Santíssimo Sacramento.
Amo-Vos
sobre todas as coisas e minha alma suspira por Vós.
Mas
como não posso receber-Vos agora, de maneira Sacramental, vinde ao
menos espiritualmente ao meu coração.
Abraço-me
convosco, uno-me a Vós inteiramente.
Não
permitais que eu me separe de Vós.
Oh
Jesus, sumo bem e doce amor meu, vulnerai e inflamai o meu coração,
a fim de que esteja abrasado em Vosso amor para sempre.
Amém.
(pausa)
Alma
de Cristo
Alma
de Cristo, santificai-me.
Corpo
de Cristo, salvai-me.
Sangue
de Cristo, inebriai-me.
Água
do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão
de Cristo, confortai-me.
8
Ó
bom Jesus, ouvi-me.
Dentro
das Vossas Chagas, escondei-me.
Não
permitais que me separe de Vós
Do
espírito maligno, defendei-me.
Na
hora da minha morte, chamai-me
E
mandai-me ir para Vós,
para
que Vos louve com os Vossos Santos,
por
todos os séculos.
Amém.
8
– Benção final
Agora
nós teremos a benção final e a segunda parte das nossas orações.
Assim
faremos companhia à Jesus morto nesta tarde de a sexta feira santa.
Nós
vamos rezar a segunda parte do Relógio da Paixão com passagens do
Antigo e do Novo Testamento.
Logo
após rezaremos as 7 dores de Nossa Senhora.
E
no final iniciaremos a Novena da Divina Misericórdia, como Jesus
pediu à Santa Faustina.
Então
se você puder faça companhia ao Senhor.
Que
o Senhor nos abençoe e nos guarde,
Amém
Que
ele volte Sua Face para nós e se compadeça de nós
Amém.
Que
Ele lance sobre nós a Sua santa benção,
Amém.
Pela
intercessão de Nossa Senhora abençoe-nos o Deus Todo Poderoso, Pai,
Filho e Espírito Santo.
Glorifiquemos
o Senhor com nossas vidas
9
– Segunda parte do Relógio da Paixão
10
– As 7 Dores de Nossa Senhora
Maria
nos diz: Meditai muitas vezes nas minhas sete dores para consolar meu
Coração e crescereis muito na virtude.
Ó
almas que sofreis, vinde para perto de meu Coração e aprendei
comigo. É junto de meu Coração transpassado de dor que achareis
consolação! Mães aflitas, esposas amarguradas, jovens
desorientados, meditando nos meus sofrimentos tereis força para
atravessardes todas as dificuldades.
Que
minhas dores vos comovam o coração, impulsionando-vos para a
prática do bem.
1ª.
Dor - Apresentação de meu Filho no templo
Nesta
primeira dor veremos como meu coração foi transpassado por uma
espada, quando Simeão profetizou que meu Filho seria a salvação de
muitos, mas também serviria para ruína de outros. A virtude que
aprendereis nesta dor é a da santa obediência. Sede obedientes aos
vossos superiores, porque são eles instrumentos de Deus.
Quando
soube que uma espada Me atravessaria a alma, desde aquele instante
experimentei sempre uma grande dor. Olhei para o Céu e disse: 'Em
vós confio'. Quem confia em Deus jamais será confundido. Nas vossas
penas, nas vossas angústias, confiai em Deus e jamais vos
arrependereis dessa confiança.
Quando
a obediência vos trouxer qualquer sacrifício, confiando em Deus, a
Ele entregai vossas dores e apreensões, sofrendo de bom grado por
amor. Obedeçam não por motivos humanos, mas pelo amor Daquele que
por vosso amor se fez obediente até a morte de Cruz.
-
1 ave Maria
2ª.
Dor - A fuga para o Egito
Amados
filhos, quando fugimos para o Egito, foi grande dor saber que
desejavam matar meu querido filho, aquele que trazia a salvação!
Não me afligi pelas dificuldades em terras longínquas; mas por ver
meu filho inocente, perseguido por ser o Redentor.
Almas
queridas, quanto sofri neste exílio! Porém tudo suportei com amor e
santa alegria por Deus me fazer cooperadora da salvação das almas.
Se fui obrigada a este exílio, foi para guardar meu filho, sofrendo
provações por aquele que um dia ia ser a chave da mansão da paz.
Um dia estas penas serão convertidas em sorrisos e em força para as
almas, porque Ele abrirá as portas do Céu!
Amados
meus, nas maiores provações pode haver alegria quando se sofre para
agradar a Deus e por seu amor. Em terras estranhas, Eu Me rejubilava
por poder sofrer com Jesus, meu adorável filho!
Na
santa amizade de Jesus e sofrendo tudo por seu amor, não se chama
sofrer senão santificar-se! No meio da dor sofrem os infelizes, que
vivem longe de Deus, os que estão na sua inimizade. Pobres
infelizes, entregam-se ao desespero, porque não têm o conforto da
amizade divina, que dá à alma tanta paz e tanta confiança.
Almas
que aceitais vossos sofrimentos por amor a Deus, exultai de alegria
porque grande é vosso merecimento, se assemelhando a Jesus
Crucificado, que tanto sofreu por amor a vossas almas!
Alegrai-vos
todos os que, como Eu, sois chamados para longe da vossa pátria
defender o vosso Jesus. Grande será a vossa recompensa, pelo vosso
SIM à vontade de Deus.
Almas
queridas, avante! Aprendei Comigo, a não medir sacrifícios, quando
se trata da glória e dos interesses de Jesus, que também não mediu
sacrifícios para vos abrir as portas da mansão da Paz.
-
1 ave Maria
3ª.
Dor - Perda do Menino Jesus
Amados
filhos, procurai compreender esta minha imensa dor, quando perdi meu
adorável Filho por três dias.
Sabia
que meu Filho era o Messias prometido, que contas daria então a Deus
do tesouro que me tinha sido entregue? Tanta dor e tanta agonia, e
sem esperança de encontrá-lo!
Quando
O achei no templo, no meio dos doutores, e lhe disse que me havia
deixado três dias em aflição, eis o que Me respondeu: 'Eu vim ao
mundo para cuidar dos interesses de meu Pai, que está no Céu'.
A
esta resposta do meigo Jesus, emudeci e compreendi que sendo o
Redentor do gênero humano assim devia proceder, fazendo sua Mãe,
desde aquele instante, tomar parte na sua missão redentora, sofrendo
pela Redenção do gênero humano!
Almas
que sofreis, aprendei nesta minha dor a submeter-vos à vontade de
Deus, que muitas vezes vos fere para proveito de um de vossos entes
queridos.
Jesus
me deixou por três dias em tanta angústia para proveito vosso.
Aprendei Comigo a sofrer e a preferir a vontade de Deus à vossa.
Mães que chorais, ao verdes os vossos filhos generosos ouvirem o
chamamento divino, aprendei Comigo a sacrificar o vosso amor natural.
Se vossos filhos forem chamados para trabalhar na vinha do Senhor,
não abafeis tão nobre aspiração, como é a vocação religiosa.
Mães e pais dedicados, ainda que vosso coração sangre de dor,
deixai-os partir, deixai-os corresponder aos desígnios de Deus, que
usa com eles de tanta predileção. Pais que sofreis, ofertai a Deus
a dor da separação, para que vossos filhos, que foram chamados,
possam ser na realidade bons filhos Daquele que os chamou.
Lembrai-vos que vossos filhos a Deus pertencem e não a vós. Deveis
criá-los para servir e amar a Deus neste mundo, e um dia no Céu O
louvarem por toda a eternidade.
Pobres
aqueles que querem prender seus filhos, abafando-lhes a vocação! Os
pais que assim procedem podem levar seus filhos à perdição eterna
e ainda terão que dar contas a Deus no último dia. Porém,
protegendo suas vocações, encaminhando-os para tão nobre fim, que
bela recompensa receberão estes pais afortunados! Ainda que aqui
chorem de saudades e a separação lhes custe muitas lágrimas, eles
serão abençoados! E vós, filhos prediletos que sois chamados por
Deus, procedei como Jesus procedeu comigo: primeiramente obedecei à
vontade de Deus, que vos chamou para habitar na sua casa, quando diz:
'Quem ama seu pai e sua mãe mais do que a mim não é digno de Mim'.
Vigiai se, por causa de um amor natural, deixais de corresponder ao
chamado divino!
Almas
eleitas que fostes chamadas e sacrificastes as afeições mais caras
e a vossa própria vontade para servir a Deus! Grande é vossa
recompensa. Avante! sede generosas em tudo e louvai a Deus por terdes
sido escolhidas para tão nobre fim.
Vós
que chorais, pais, irmãos, regozijai-vos porque vossas lágrimas um
dia converter-se-ão em pérolas, como as minhas se converteram em
favor da humanidade.
-
1 ave Maria
4ª.
Dor - Doloroso encontro no caminho do Calvário
Amados
filhos, contemplai e vede se há dor semelhante a esta minha, quando
me encontrei com meu divino Filho no caminho do Calvário, carregando
uma pesada cruz e insultado como se fosse um criminoso.
'É
preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir as portas da
mansão da paz!' Lembrei-Me de suas palavras e aceitei a vontade do
Altíssimo, que sempre foi a minha força em horas tão cruéis como
esta.
Ao
encontrá-lo, seus olhos me fitaram e me fizeram compreender a dor de
sua alma. Não pôde Me dizer palavra, porém me fizeram compreender
que era necessário que unisse a minha à Sua grande dor. Amados
meus, a união de nossa grande dor neste encontro tem sido a força
de tantos mártires e de tantas mães aflitas!
Almas
que temeis o sacrifício, aprendei aqui neste encontro a submeter-vos
à vontade de Deus, como Eu e meu Filho nos submetemos! Aprendei a
calar-vos nos vossos sofrimentos.
No
nosso silêncio, nesta dor imensa armazenamos para vós riquezas
imensuráveis! As vossas almas hão de sentir a eficácia desta
riqueza na hora em que, abatidos pela dor, recorrerdes a Mim, fazendo
a meditação deste encontro dolorosíssimo. O valor do nosso
silêncio se converte em força para as almas aflitas, quando nas
horas difíceis souberem recorrer à meditação desta dor!
Amados
filhos, como é precioso o silêncio nas horas de sofrimentos! Há
almas que não sabem sofrer uma dor física, uma tortura de alma em
silêncio; desejam logo contá-la para que todos o lastimem! Meu
Filho e Eu tudo suportamos em silêncio por amor a Deus!
Almas
queridas, a dor humilha e é na santa humildade que Deus edifica! Sem
a humildade, trabalhareis em vão; vede pois como a dor é necessária
para a vossa santificação.
Aprendei
a sofrer em silêncio, como Eu e Jesus sofremos neste doloroso
encontro no caminho do Calvário.
-
1 ave Maria
5ª.
Dor - Aos pés da Cruz
Amados
filhos, na meditação desta minha dor encontrareis consolo e força
para vossas almas contra mil tentações e dificuldades e aprendereis
a ser fortes em todos os combates de vossa vida.
Vede-me
aos pés da Cruz, assistindo à morte de Jesus, com a alma e meu
coração transpassados com as mais cruéis dores!
Não
vos escandalizeis com o que fizeram os judeus! Eles diziam: 'Se Ele é
Deus, por que não desce da cruz e se livra a si próprio?!' Pobres
judeus, ignorantes uns, de má fé outros, não quiseram crer que Ele
era o Messias. Não podiam compreender que um Deus se humilhasse
tanto e que a sua divina doutrina pregava a humildade. Jesus
precisava dar o exemplo, para que seus filhos tivessem a força de
praticar uma virtude, que tanto custa aos filhos deste mundo, que têm
nas veias a herança do orgulho. Infelizes os que, à imitação dos
que crucificaram a Jesus, ainda hoje não sabem se humilhar!
Depois
de três horas de tormentosa agonia, meu adorável Filho morre,
deixando-me a alma na mais negra escuridão! Sem duvidar um só
instante, aceitei a vontade de Deus, e no meu doloroso silêncio,
entreguei ao Pai minha imensa dor, pedindo, como Jesus, perdão para
os criminosos.
Entretanto,
quem me confortou nesta hora angustiosa? Fazer a vontade de Deus foi
o meu conforto; saber que o Céu foi aberto para todos os filhos foi
meu consolo! Porque Eu também no Calvário fui provada com o
abandono de toda consolação!
Amados
filhos, sofrer em união com os sofrimentos de Jesus encontra
consolo; sofrer por ter feito o bem neste mundo, recebendo desprezos
e humilhações encontra força.
Que
glória para vossas almas, se um dia por amar a Deus com todo o vosso
coração, fordes também perseguidos!
Aprendei
a meditar muitas vezes nesta minha dor, que ela vos dará força para
serdes humildes: virtude amada de Deus e dos homens de boa vontade.
-
1 ave Maria
6ª.
Dor - Uma lança atravessa o Coração de Jesus
Amados
filhos, com a alma imersa na mais profunda dor, vi Longuinho
transpassar o coração de meu Filho, sem poder dizer palavra!
Derramei muitas lágrimas... Só Deus pode compreender o martírio
desta hora, na alma e no coração!
Depois
depositaram Jesus nos meus braços, não cândido e belo como em
Belém... Morto e chagado, parecendo mais um leproso do que aquele
adorável e encantador menino, que tantas vezes apertei ao meu
coração!
Amados
filhos, se Eu tanto sofri, não serei capaz de compreender vossos
sofrimentos? Por que, então, não recorreis a Mim com mais
confiança, esquecidos que tenho tanto valor diante do Altíssimo?
Porque
muito sofri aos pés da cruz, muito me foi dado! Se não tivesse
sofrido tanto, não teria recebido os tesouros do Paraíso em minhas
mãos.
A
dor de ver transpassar o Coração de Jesus com a lança, conferiu-me
o poder de introduzir, neste amável Coração, a todos aqueles que a
Mim recorrerem. Vinde a Mim, porque Eu posso vos colocar dentro do
Coração Santíssimo de Jesus Crucificado, morada de amor e de
eterna felicidade!
O
sofrimento é sempre um bem para a alma. Ó almas que sofreis,
regozijai-vos Comigo que fui a segunda mártir do Calvário! A minha
alma e meu coração participaram dos suplícios do Salvador,
conforme a vontade do Altíssimo, para reparar o pecado da primeira
mulher! Jesus foi o novo Adão e Eu a nova Eva, livrando assim a
humanidade do cativeiro no qual se achava presa.
Para
corresponderdes porém a tanto amor, sede muito confiantes em Mim,
não vos afligindo nas contrariedades da vida; ao contrário,
confiai-Me todos os vossos receios e dores, porque Eu sei dar em
abundância os tesouros do Coração de Jesus!
Não
vos esqueçais, Filhos meus, de meditar nesta minha imensa dor,
quando estiver pesada a vossa Cruz. Achareis força para sofrer por
amor a Jesus que sofreu na Cruz a mais infame das mortes.
-
1 ave Maria
7ª.
Dor - Jesus é sepultado
Amados
filhos, quanta dor, quando tive que ver sepultado meu Filho. A quanta
humilhação meu Filho se sujeitou, deixando-se sepultar sendo Ele o
mesmo Deus! Por humildade, Jesus submeteu-se à própria sepultura,
para depois, glorioso, ressuscitar dentre os mortos!
Bem
sabia Jesus o quanto Eu ia sofrer vendo-o sepultado; não me poupando
quis que Eu também fosse participante na sua infinita humilhação!
Almas
que temeis ser humilhadas, vede como Deus amou a humilhação! Tanto
que deixou-se sepultar nos santos Sacrários, a esconder sua
majestade e esplendor, até o fim do mundo! Na verdade, o que se vê
no Sacrário? Apenas uma Hóstia Branca e nada mais! Ele esconde sua
magnificência debaixo da massa branca das espécies de pão! Em
verdade vos digo, não O admirais tanto quanto Ele merece, por Jesus
assim Se humilhar até o fim dos séculos!
A
humildade não rebaixa o homem, pois Deus Se humilhou até à
sepultura e não deixou de ser Deus.
Amados
filhos, se quereis corresponder ao amor de Jesus, mostrai-lhe que O
amais, aceitando as humilhações. A aceitação da humilhação vos
purifica de toda e qualquer imperfeição e, desprendendo-vos deste
mundo, vos faz desejar o Paraíso.
Queridos
filhos, apresentei-vos estas minhas sete Dores, não para queixar-me,
mas somente para mostrar-vos as virtudes que deveis praticar, para um
dia estar ao meu lado e ao lado de Jesus! Recebereis a glória
imortal, que é a recompensa das almas que, neste mundo, souberam
morrer para si, vivendo só para Deus!
Vossa
Mãe vos abençoa e vos convida a meditar muitas vezes nestas
palavras ditadas porque muito vos amo.
-
1 ave Maria
11
– Novena da Divina Misericórdia
Novena
da Divina Misericórdia
(Do
Diário de santaFaustina)
Através
desta novena concederei às almas toda espécie de graças"
(Diário 796).
"NOVENA
à Misericórdia Divina que Jesus me mandou escrever e rezar antes da
Festa da Misericórdia, Começa na sexta-feira Santa. (A Festa da
Misericórdia Divina acontece no primeiro domingo após a Páscoa.)
Desejo
que, durante estes nove dias, conduzas as almas à fonte da Minha
misericórdia, a fim de que recebam força, alívio e todas as graças
de que necessitam nas dificuldades da vida e, especialmente na hora
da morte. Cada dia conduzirás ao Meu Coração um grupo diferente de
almas e as mergulharás nesse oceano da Minha misericórdia. Eu
conduzirei todas essas almas à Casa de Meu Pai. Procederás assim
nesta vida e na futura. Por Minha parte, nada negarei àquelas almas
que tu conduzirás à fonte da Minha misericórdia. Cada dia pedirás
a Meu Pai, pela Minha amarga Paixão, graças para essas almas.
Primeiro
dia
Hoje
traze-me a humanidade inteira, especialmente todos os pecadores e
mergulha-os no oceano da minha Misericórdia. Com isso Me consolarás
na amarga tristeza em que Me afunda a perda das almas.
Misericordiosíssimo
Jesus, de quem é próprio ter compaixão de nós e nos perdoar, não
olheis os nossos pecados, mas a confiança que depositamos em Vossa
infinita bondade. Acolhei-nos na mansão do vosso compassivo Coração
e nunca nos deixeis sair dele. Nós vo-lo pedimos pelo amor que Vos
une ao Pai e ao Espírito Santo.
Eterno
Pai, olhai com misericórdia para toda humanidade, encerrada no
Coração compassivo de Jesus, mas especialmente para os pobres
pecadores. Pela Sua dolorosa Paixão, mostrai-nos a Vossa
Misericórdia, para que glorifiquemos a onipotência da Vossa
Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
-
rezar o Terço da Misericórdia
Segundo
dia
Hoje
traze-Me as almas dos sacerdotes e religiosos e mergulha-as na minha
insondável Misericórdia. Elas Me deram força para suportar a
amarga Paixão. Por elas, como por canais, corre para a humanidade a
minha Misericórdia.
Misericordiosíssimo
Jesus, de quem provém tudo que é bom, aumentai em nós a graça,
para que pratiquemos dignas obras de misericórdia, a fim de que
aqueles que olham para nós, glorifiquem o Pai da Misericórdia que
está no Céu.
Eterno
Pai, dirigi o olhar da vossa Misericórdia para a porção eleita da
vossa vinha: para as almas dos sacerdotes e religiosos. Concedei-lhes
o poder da vossa bênção e, pelos sentimentos do Coração de vosso
Filho, no qual estão encerradas, dai-lhes a força da vossa luz,
para que possam guiar os outros nos caminhos da salvação e
juntamente com eles cantar a glória da vossa insondável
Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
-
rezar o Terço da Misericórdia
Terceiro
dia
Hoje
traze-Me todas as almas piedosas e fiéis e mergulha-as no oceano da
minha Misericórdia. Estas almas consolaram-Me na Via-sacra; foram
aquela gota de consolações em meio ao mar de amarguras.
Misericordiosíssimo
Jesus, que concedeis prodigamente a todas as graças do tesouro da
vossa Misericórdia, acolhei-nos na mansão do vosso compassivo
Coração e não nos deixeis sair dele pelos séculos; suplicamo-Vos
pelo amor inconcebível de que está inflamado o vosso Coração para
com o Pai Celestial.
Eterno
Pai, olhai com Misericórdia para as almas fiéis, como a herança do
vosso Filho. Pela sua dolorosa Paixão concedei-lhes a vossa bênção
e cercai-as da vossa incessante proteção, para que não percam o
amor e o tesouro da santa fé, mas com toda a multidão dos Anjos e
dos Santos glorifiquem a vossa imensa Misericórdia, por toda a
eternidade. Amém.
-
rezar o Terço da Misericórdia
Quarto
dia
Hoje
traze-Me os pagãos e aqueles que ainda não Me conhecem e nos quais
pensei na minha amarga Paixão. O seu futuro zelo consolou o meu
Coração. Mergulha-os no mar da minha Misericórdia.
Misericordiosíssimo
Jesus, que sois a luz de todo o mundo, aceitai na mansão do vosso
compassivo Coração as almas dos pagãos que ainda não Vos
conhecem. Que os raios da vossa graça os iluminem para que também
eles, juntamente conosco, glorifiquem as maravilhas da vossa
Misericórdia e não os deixeis sair da mansão do vosso compassivo
Coração.
Eterno
Pai, olhai com Misericórdia para as almas dos pagãos e daqueles que
ainda não Vos conhecem e que estão encerrados no Coração
compassivo de Jesus. Atraí-as à luz do Evangelho. Essas almas não
sabem que grande felicidade é amar-Vos. Fazei com que também elas
glorifiquem a riqueza da vossa Misericórdia, por toda a eternidade.
Amém.
-
rezar o Terço da Misericórdia
Quinto
dia
Hoje
traze-Me as almas dos Cristãos separados da Unidade da Igreja e
mergulha-as no mar da minha Misericórdia. Na minha amarga Paixão
dilaceravam o meu Corpo e o meu Coração, isto é, a minha Igreja.
Quando voltam à unidade da Igreja, cicatrizam-se as minhas Chagas e
dessa maneira eles aliviam a minha Paixão.
Misericordiosíssimo
Jesus que sois a própria Bondade, Vós não negais a luz àqueles
que Vos pedem, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as
almas dos nossos irmãos separados, e atraí-os pela vossa luz à
unidade da Igreja e não os deixeis sair da mansão do vosso
compassivo Coração, mas fazei com que também eles glorifiquem a
riqueza da vossa Misericórdia.
Eterno
Pai, olhai com Misericórdia para as almas dos nossos irmãos
separados que esbanjaram os vossos bens e abusaram das vossas graças,
permanecendo teimosamente nos seus erros. Não olheis para os seus
erros, mas para o amor do vosso Filho e para a sua amarga Paixão,
que suportou por eles, pois também eles estão encerrados no Coração
compassivo de Jesus. Fazei com que também eles glorifiquem a vossa
Misericórdia por toda a eternidade. Amém.
-
rezar o Terço da Misericórdia
Sexto
dia
Hoje
traze-Me as almas mansas, assim como as almas das criancinhas, e
mergulha-as na minha Misericórdia. Estas almas são as mais
semelhantes ao meu Coração. Elas reconfortaram-Me na minha amarga
Paixão da minha agonia. Eu as vi quais anjos terrestres que
futuramente iriam velar junto aos meus altares. Sobre elas derramo
torrentes de graças. Só a alma humilde é capaz de aceitar a minha
graça; às almas humildes favoreço com a minha confiança.
Misericordiosíssimo
Jesus, que dissestes: “Aprendei de Mim que sou manso e humilde de
coração”, aceitai na mansão do vosso compassivo Coração as
almas mansas e humildes e as almas das criancinhas. Estas almas
encantam o Céu todo e são a especial predileção do Pai Celestial,
são como um ramalhete diante do trono de Deus, com cujo perfume o
próprio Deus se deleita. Estas almas têm a mansão permanente no
Coração compassivo de Jesus e cantam sem cessar um hino de amor e
misericórdia pelos séculos.
Eterno
Pai, olhai com Misericórdia para as almas mansas e humildes e para
as almas das criancinhas, que estão encerradas na mansão compassiva
do Coração de Jesus. Estas almas são as mais semelhantes a vosso
Filho; o perfume destas almas eleva-se da Terra e alcança o vosso
trono. Pai de Misericórdia e de toda bondade, suplico-Vos pelo amor
e predileção que tendes para com estas almas, abençoai o mundo
todo, para que todas as almas cantem juntamente a glória à vossa
Misericórdia, por toda a eternidade. Amém.
-
rezar o Terço da Misericórdia
Sétimo
dia
Hoje
traze-Me as almas que veneram e glorificam de maneira especial a
minha Misericórdia e mergulha-as na minha Misericórdia. Estas almas
foram as que mais sofreram por causa da minha Paixão e penetraram
mais profundamente no meu espírito. Elas são a imagem viva do meu
Coração compassivo. Estas almas brilharão com especial fulgor na
vida futura. Nenhuma delas irá ao fogo do Inferno; defenderei cada
uma delas de maneira especial na hora da morte.
Misericordiosíssimo
Jesus, cujo Coração é o próprio amor, aceitai na mansão do vosso
compassivo Coração as almas que honram a glorificam de maneira
especial a grandeza da vossa Misericórdia. Estas almas tornadas
poderosas pela força do próprio Deus, avançam entre penas e
adversidades, confiando na vossa Misericórdia. Estas almas estão
unidas com Jesus e carregam sobre os seus ombros a humanidade toda.
Elas não serão julgadas severamente, mas a vossa Misericórdia as
envolverá no momento da morte.
Eterno
Pai, olhai com Misericórdia para as almas que glorificam e honram o
vosso maior atributo, isto é, a vossa inescrutável Misericórdia;
elas estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Estas almas
são o Evangelho vivo e as suas mãos estão cheias de obras de
misericórdia; suas almas repletas de alegria cantam um hino de
misericórdia ao Altíssimo. Suplico-Vos, ó Deus, mostrai-lhes a
vossa Misericórdia segundo a esperança e confiança que em Vós
colocaram. Que se cumpra nelas a promessa de Jesus, que disse: “As
almas que veneram a minha insondável Misericórdia, Eu mesmo as
defenderei durante a vida, especialmente na hora da morte, como minha
glória.” Amém.
-
rezar o Terço da Misericórdia
Oitavo
dia
Hoje
traze-Me as almas que se encontram na prisão do Purgatório e
mergulha-as no abismo da minha Misericórdia; que as torrentes do meu
Sangue refresquem o seu ardor. Todas estas almas são muito amadas
por Mim, pagam as dívidas à minha Justiça. Está em teu alcance
trazer-lhes alívio. Tira do tesouro da minha Igreja todas as
indulgências e oferece-as por elas. Oh, se conhecesses o seu
tormento, incessantemente oferecerias por elas a esmolas do espírito
e pagarias as suas dívidas à minha Justiça.
Misericordiosíssimo
Jesus, que dissestes que quereis misericórdia, eis que estou
trazendo à mansão do vosso compassivo Coração as almas do
Purgatório, almas que Vos são muito queridas e que no entanto devem
dar reparação à vossa Justiça; que as torrentes de Sangue e Água
que brotaram do vosso Coração apaguem as chamas do fogo do
Purgatório, para que também ali seja glorificado o poder da vossa
Misericórdia.
Eterno
Pai, olhai com Misericórdia para as almas que sofrem no Purgatório
e que estão encerradas no Coração compassivo de Jesus. Suplico-Vos
que, pela dolorosa Paixão de Jesus, vosso Filho, e por toda a
amargura de que estava inundada a sua Alma santíssima, mostreis
vossa Misericórdia às almas que se encontram sob o olhar da vossa
Justiça; não olheis para elas de outra forma senão através das
Chagas de Jesus, vosso Filho muito amado, porque nós cremos que a
vossa bondade e Misericórdia são incomensuráveis. Amém.
-
rezar o Terço da Misericórdia
Nono
dia
Hoje
traze-Me as almas tíbias e mergulha-as no abismo da minha
Misericórdia. Estas almas ferem mais dolorosamente o meu Coração.
Foi da alma tíbia que a minha Alma sentiu repugnância no Horto.
Elas levaram-Me a dizer: Pai afasta de Mim este cálice, se assim for
a vossa vontade. Para elas, a última tábua de salvação é
recorrer a minha Misericórdia.
Ó
compassivo Jesus, que sois a própria Compaixão, trago à mansão do
vosso compassivo Coração as almas tíbias; que se aqueçam no fogo
do vosso amor puro estas almas geladas, que, semelhantes a cadáveres,
Vos enchem de tanta repugnância. Ó Jesus, muito compassivo, usai a
onipotência da vossa Misericórdia e atraí-as até ao fogo do vosso
amor e concedei-lhes o amor santo, porque Vós tudo podeis.
Eterno
Pai, olhai com Misericórdia para as almas tíbias e que estão
encerradas no Coração compassivo de Jesus. Pai de Misericórdia,
suplico-Vos pela amargura da Paixão do vosso Filho e por sua agonia
de três horas na Cruz, permiti que também elas glorifiquem o abismo
da vossa Misericórdia… Amém.
Terço
da Misericórdia
-
Pai Nosso..., Ave Maria..., e o Creio...
-
Nas contas grandes (do Pai-Nosso), rezamos:
Eterno
Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade do
Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação
dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.
-
Nas contas pequenas (da Ave-Maria), rezamos:
Pela
Sua dolorosa Paixão; tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.
-
No final do terço rezamos três vezes:
Deus
Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo
inteito.
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