Atribuem ao Santo Esposo de Maria privilégios e perfeições que na verdade dificilmente podem ser contestados. Alguns têm mesmo sólidos fundamentos. Ei-los:
1.° — Santificação no seio materno.
2.° — Impecabilidade.
3.° — Virgindade perpétua.
SANTIFICAÇÃO NO SEIO MATERNO
A santificação de São José no seio materno foi defendida pela primeira vez pelo célebre Gerson, o sábio chanceler da Universidade de Paris. Esta prerrogativa foi possuída pelo Profeta Jeremias e S. João Batista. Daquele se lê na Escritura:
Anteqnem exires de vulva sanctificavi te – “Antes de saíres do seio de tua mãe eu te santifiquei” (Jr 1, 5)
E de João Batista diz o Evangelho:
Spiritu Sancto replebitur adhuc ex utero matris suae – “Será cheio do Espírito Santo desde o seio de sua mãe” (Lc 1, 15)
Ora, José maior que João Batista pela união com Cristo, e incontestavelmente mais santo é maior que Jeremias, não teria o privilégio da santificação no seio materno?
Gerson defende a sua tese ante a venerável assembleia do Concilio de Constança, e não poucos autores o seguem depois: Santo Afonso de Ligório aceita e defende esta opinião e bem assim Isolano, Cartagena, Bernardino de Bustes e muitos outros teólogos e santos.
IMPECABILIDADE
Outro privilégio é o da impecabilidade. São José foi confirmado em graça de tal modo que pode evitar todo pecado, até o venial!
José, diz o Cardial Lepicier, nunca manchou a sua alma com a mais leve sombra de pecado em toda a sua vida mortal (1)
Todos os Autores em geral admitem sem contestação a impecabilidade de São José.
Jesus é santo e impecável por natureza, cheio de graça, Deus absoluto e infinito. Maria é santa e impecável não por natureza absolutamente, mas por singular privilégio de Deus, como disse Pio IX, foi preservada do pecado original, em atenção aos méritos de Jesus Cristo. José é também santo e impecável pessoalmente, cheio de graça e confirmado em graça evitou todo pecado. Nunca manchou a candura de sua alma virginal e santíssima. Assim o exigiam o lugar que ocupou na Sagrada Família, as relações íntimas com Deus e com a Mãe de Deus.
Referências:
(1) Tractatus de S. Joseph, P. II, art. 2-10.
VIRGINDADE PERPÉTUA
A virgindade perpétua é outra coroa de glória do santo Patriarca.
A Escritura nada fala da virgindade de São José, mas a Tradição nos guarda e garante esta opinião com segurança.
A Tradição teológica, escreve o Pe. Cantera, reprova todos os erros contra esta doutrina e afirma unanemente a Virgindade de São José, e hoje podemos afirmar que é uma verdade teologicamente certa, da qual não é lícito a nenhum cristão duvidar (1)
Santo Atanásio, São Jerônimo, Santo Agostinho, São Beda Venerável, Santo Tomás de Aquino, defendem com ardor e sólida argumentação, a virgindade perpétua de São José.
É célebre a resposta de São Jerônimo ao herege Helvídio:
Dizes, que Maria não ficou Virgem. Pois não só defendo e afirmo a Virgindade de Maria, como digo ainda mais: por Maria foi Virgem também São José.(2)
Referências:
(1) Cantera – San José en el Plano Divino
(2) Adv. Helv. n° 19.
São José, terror dos demônios, rogai por nós.
Reze o Terço de São José, que está no canal da Paróquia Sagrada Face de Tours:
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