Anunciamos a vinda de Cristo, mas não uma só e sim também uma segunda - muito mais magnífica que a primeira. A primeira trazia consigo um significado de sofrimento; esta outra, ao contrário, trará a diadema do reino divino. Pois quase todas as coisas são duplas em nosso Senhor Jesus Cristo. Duplo é seu nascimento: um, de Deus, desde toda a eternidade; outro, da Virgem, na plenitude dos tempos. Também é duplo o seu descenso: o primeiro, silencioso, como a chuva sobre a lã (Sl 72,6); o outro, manifesto, ainda futuro.
Na primeira vinda foi envolto em faixas na manjedoura (Lc 2,7); na segunda, revestir-se-á de luz como vestidura (cf. Sl 104,2a). Na primeira “suportou a cruz, desprezando a ignomínia” (Hb 12,2); na outra, virá glorificado e escoltado por um exército de anjos (cf. Mt 25,31).
Não pensamos, pois, apenas na vinda passada; esperamos também a segunda. E, tendo proclamado na primeira: “Bendito o que vem em nome do Senhor” (Mt 21,9), diremos isso mesmo na segunda (cf. Mt 23,39); e, saindo ao encontro do Senhor com os anjos, o aclamaremos adorando: “Bendito o que vem em nome do Senhor”. O Salvador virá, não para ser novamente julgado, mas para convocar ao seu tribunal aqueles pelos quais foi levado a julgamento.
Aquele que antes, enquanto era julgado, guardou silêncio (Mt 27,12), refrescará a memória dos malfeitores que ousaram insultá-lo quando estava na cruz e lhes dirá: “Fizeste isso, e eu me calei” (Sl 50,21). Então, por razões de sua clemente providência, veio ensinar os homens com suave persuasão; na outra ocasião, futura, queiram ou não, os homens terão que submeter-se necessariamente ao seu reinado.
Sobre as duas vindas, fala o profeta Malaquias:
“De repente entrará em seu templo o Senhor a quem buscais” (Ml 3,1). Eis a primeira vinda. Sobre a outra, diz: “O mensageiro da aliança que desejais: eis que entra — diz o Senhor dos Exércitos. Quem poderá suportar o dia de sua vinda? Quem ficará de pé quando aparecer? Será como o fogo do fundidor, como a potassa dos lavadeiros: ele se sentará para fundir e purificar” (3,1-3).
E, nas linhas que seguem, o próprio Salvador diz: “Aproximar-me-ei de vós para o julgamento e serei uma testemunha pronta contra os feiticeiros, os adúlteros, os que juram falso”, etc. (3,5). Por isso, querendo nos tornar mais cautelosos, Paulo diz: “Se alguém constrói sobre este fundamento com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se tornará conhecida; o Dia a manifestará, pois será revelada pelo fogo” (1Cor 3,12-13).
Escrevendo a Tito, Paulo também fala dessas duas vindas nos seguintes termos:
“Apareceu a graça de Deus, trazendo salvação a todos os homens; ensinando-nos a renunciar à impiedade e aos desejos mundanos, e a viver neste mundo com sobriedade, justiça e piedade, aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt 2,11-13). Aí ele expressa a primeira vinda, dando graças por ela; mas também a segunda, a que esperamos.
Por esta razão, em nossa profissão de fé, tal como a recebemos pela tradição, dizemos que cremos naquele “que subiu aos céus e está sentado à direita do Pai; e que virá novamente em glória para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim”.
Prepare-se para a volta de Jesus!
Reze com a paróquia das igrejas domésticas.
- Terço da Misericórdia: 14:50h
- Liturgia das Horas: 6h - 12h - 18h - 21:30h
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Paróquia Sagrada Face de Tours: o dia todo rezando com você
Uma paróquia de leigos para leigos, criada por Nosso Senhor.
Prof. Emílio Carlos
Pároco Leigo
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